segunda-feira, 14 de setembro de 2015

SEM DEMOCRACIA NÃO HAVERIA CAMPANHA SALARIAL, DIZ VAGNER

11/09/2015

Presidente da CUT explica porque a defesa da ordem democrática fará parte dos atos das campanhas salariais do 2º semestre, dia 15

Escrito por: Marize Muniz

A CUT realiza na próxima terça-feira, dia 15, na avenida Paulista, em frente à sede da Fiesp, a partir das 9h, o primeiro ato unificado das categorias com campanhas salariais do segundo semestre. O mote é “Em defesa da democracia, do emprego e do salário”.
O objetivo, explica o presidente da CUT, Vagner Freitas, é fortalecer as campanhas salariais, defender os empregos, a democracia e buscar saídas econômicas que protejam os/as trabalhadores/as e a Petrobrás, estatal mais atacada por setores conservadores. “Sem democracia os trabalhadores não poderiam se organizar, revindicar e muito menos fazer manifestações nas ruas”, explica o dirigente.
Segundo ele, os atos também vão demonstrar que “os trabalhadores organizados pela CUT não se deixaram confundir nem intimidar com o clima de caos político e econômico que se tenta instalar no país”.
Além de São Paulo, os dirigentes da CUT estão programando manifestações das categorias com data-base no segundo semestre em outras cidades do Brasil.
Nesses atos, os/as trabalhadores/as vão deixar claro que não vão pagar a conta da crise econômica; não vão permitir ataques aos direitos dos/as trabalhadores/as, entre eles, a terceirização em todas as atividades das empresas, como prevê o projeto que foi aprovado pela Câmara dos Deputados e está tramitando no Senado, PSC 30; não vão aceitar sem resistência e luta as tentativas de ataque à democracia que vêm sendo feitas pelos conservadores; não vão aceitar nenhum tipo de ataque que represente retrocesso e que fira o Estado democrático de direito.
Durante o ato de terça-feira, os dirigentes da CUT-SP, eleitos no mês passado para o mandato 2015-2019, vão tomar posse em plena Avenida Paulista. Segundo o presidente eleito, Douglas Izzo, a posse na rua é simbólica porque mostra à população que a CUT é das ruas, sempre esteve e sempre continuará nas ruas.
Categorias filiadas à CUT com data-base no segundo semestre
Somente entre as principais categorias filiadas à CUT, mais de 1.814.805  trabalhadores/as de todo o País têm data-base no 2º semestre. Entre eles, metalúrgicos (602 mil), bancários (410 mil), químicos (327.823, incluindo no cálculo os 81.213 petroleiros da FUP), enfermeiros (120 mil), aeronautas (55 mil), aeroviários (18 mil), comerciários (194.437), Serviços (37.545), médicos e psicólogos (só de SP - 50 mil).
Também participarão do ato desta terça-feira na Paulista outras categorias que, apesar de ter data-base no primeiro semestre, ainda não concluíram as negociações com os patrões, como é o caso do setor público. Na capital paulista, os servidores municipais e de autarquias ainda lutam pelo atendimento da pauta de reivindicações de 2014.
Defesa da Petrobrás
É importante ressaltar que cada categoria tem sua própria pauta de reivindicação. O que as unifica é a defesa da democracia e a busca por saídas econômicas que não prejudiquem ainda mais os trabalhadores e que revertam as perspectivas de fechamento de vagas de trabalho.
Um dos principais objetivos da Campanha Salarial Unificada é fortalecer a defesa dos empregos. E, portanto, defender a Petrobrás, que vem sofrendo seguidos ataques dos setores conservadores. A rede de fornecedores do setor petroleiro é formada por cerca de 70 mil empresas, que têm sido prejudicadas pelo modo como as investigações da Operação Lava Jato vem sendo conduzidas e o resultado são centenas de trabalhadores desempregados. Até agora mais de 40 mil trabalhadores já foram demitidos, entre eles 11,5 mil só das obras do Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.
A CUT defende uma investigação profunda, transparente e democrática, sem prejuízo ao processo de desenvolvimento econômico e social iniciado em 2003 pelos governos do PT, longe dos holofotes da mídia que transforma tudo em espetáculo, desde que as suspeitas atinjam os ‘inimigos’ de sempre: o PT e os movimentos social e sindical.
Manifesto à Nação
EM DEFESA DA DEMOCRACIA DO EMPREGO E DO SALÁRIO
As entidades sindicais filiadas à CUT em campanha salarial no segundo semestre de 2015, manifestam seu repúdio à sucessão de ataques contra os direitos da classe trabalhadora e às instituições da República. Em defesa dos/as trabalhadores/as, da democracia e contra o golpe patrocinado pela direita, mobilizaremos nossas bases, ocuparemos praças e ruas e, se for necessário, faremos uma greve geral que paralisará o país.
Na campanha salarial unificada das categorias com data-base no segundo semestre, faremos a defesa intransigente do emprego, do salário e dos direitos. Vamos questionar e lutar contra a atual política econômica recessiva, que gera um cenário adverso à negociação coletiva e provoca desemprego, arrocho salarial e precarização das relações de trabalho. Vamos exigir que a Operação Lava Jato investigue todos os corruptos mas não contribua com a paralisação da economia nem o desemprego em massa.
Nenhum direito a menos! Somos contrários ao projeto (PLC 30/2015 do Senado) que amplia a terceirização para atividade-fim das empresas. Exigimos o reconhecimento do direito de negociação coletiva e o direito de greve dos servidores públicos. Direito se amplia, não é diminuído. Da mesma forma, somos solidários aos trabalhadores/as das estatais a quem estão sendo impostas perdas salariais.
         A CUT defende uma investigação profunda, transparente e democrática de todas as denúncias de corrupção, sem prejuízo ao processo de desenvolvimento econômico e social iniciado em 2003.  
Somos a favor da luta contra a corrupção, mas não podemos aceitar  que esse combate seja usado como pretexto para quebrar a economia e o país, privatizar  e desmembrar a Petrobras,  judicializar a  política e enfraquecer  as instituições com o objetivo de acobertar um golpe contra o governo legitimamente eleito.
Defendemos a democracia porque é ela que assegura a liberdade que precisamos para fazer a negociação coletiva com os patrões e o governo, livres de qualquer ameaça de criminalização e de judicialização da ação sindical.
EM DEFESA DO EMPREGO E DO SALÁRIO
EM DEFESA DA DEMOCRACIA
CONTRA A ATUAL POLÍTICA ECONÔMICA
CONTRA A RETIRADA DE DIREITOS E CONTRA O PLC30/2015
EM DEFESA DA PETROBRÁS
PELO DIREITO DE GREVE E  DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA DOS SERVIDORES PÚBLICOS

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